quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Jesus e a Lei de Obras

Jesus, no sermão do Monte, deu seu veredicto a respeito do cumprimento da Lei (Mt 5.17-40). Neste trecho, Jesus nos ensina que a Lei não possui poder pra salvar alguém, pois ela não podia tornar nenhum homem puro, aceitável diante de Deus. Isso por que a Lei se baseava em proibições e imperativos relacionados à conduta, ou seja, algo meramente exterior.
Neste tempo, os fariseus e compania limitada, buscavam,através do minucioso cumprimento da Lei, obter méritos diante de Deus. Eles se esqueceram do que diz o profeta Isaias (cap. 64): “...nossas justiças são como trapo de imundícia” ( ou seja, como panos de menstruação, sujos, repugnantes, imundos ). Estes tais religiosos da época prezavam pelo cumprimento da Lei buscando obter, por ela, a salvação. Mas eles se esqueciam de dois preceitos importantes da Lei: Amarás ao teu Deus com todas as tuas forças, e: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. E, por esquecer-se destes preceitos (os mais importantes da Lei, conforme Jesus em Mateus 22.34-40) a Lei se tornava ineficaz, e não tocava a raiz do problema.
Sabendo disso, Jesus lhes afirma que, embora alguns pecados não sejam considerados para a morte ( xingar um irmão, por exemplo ), eles tem a mesma procedência daqueles pecados que são para a morte ( assassinato ). Nisto Jesus mostra que aquele que apenas olha para uma mulher com olhar impuro, já cometeu adultério com ela, e sofrerá a condenação de um adúltero. Jesus, reduz todos os pecados a uma igualdade, mostrando que eles tem uma mesma procedência: o coração do homem. Todo o pecado nasce no coração, mas apenas se exterioriza em atitudes. O pecado consumado, que é proibido na Lei, é apenas a ponta do iceberg, sendo uma mera manifestação dos desejos já existentes no coração.
Então, após revelar onde está o problema, o próprio Jesus é quem resolve a questão. Quando Pedro, ao ver Jesus dizer que é difícil um rico entrar no céu, pergunta-lhe: “Então quem poderá salvar-se ?" Jesus então afirma: “Para o homem isto é impossível, mas, para Deus, tudo é possível.”
O homem nunca poderá cumprir toda a Lei com perfeição. A Lei não muda o caráter do homem, que é de onde provém o pecado. Sabendo disso, vemos que Jesus foi o único perfeito cumpridor da Lei, e que Ele mesmo foi entregue como sacrifício em favor de nós, para que, ainda que imperfeitos, possamos nos gloriar na salvação por meio daquele que, por nós, toda a Lei cumpriu.
Hoje, somos chamados a uma nova vida em Cristo Jesus, pois Deus, por meio de Seu Filho, nos dá um coração que ama ao Senhor. E, agora que amamos a Deus, produzimos o fruto do Espírito (Gl. 5.22), que cresce naturalmente, e não de maneira forçada. Com isso, aqueles que amam a Deus cumprem de maneira natural os preceitos da Lei, e não de maneira forçada. Por amor, não por obstinação, sabendo que isto não nos traz méritos nem salvação. Mas considerando que os preceitos da Lei são apenas o que fazemos naturalmente ( embora não com perfeição), no dia a dia, como Filhos de Deus.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Os Falsos Mestres


Muitos estão por aí fazendo pessoas se contorcerem em nome de Deus. Engraçado, os autores do Novo Testamento não falam nada a esse respeito nas suas obras, nem mostram esta prática.
É triste ver como pessoas deturpam o evangelho para se promover. Há tantos nomes, tantos lobos, falsos ensinadores e profetas, que em nome de Deus levam os crentes à ruína.
No final, o que sobram são as descobertas de desvio de dinheiro, fraude, milagres forçados, com atores pagos pra enganar.
Jesus disse:
"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicita-mente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" (Mateus 7:21-23).

Nos tempos do Novo Testamento, haviam muitos falsos profetas se levantando no meio dos cristãos, e enganavam a muitos. Hoje não é diferente. Muitos se levantam em nome de Deus e fazem maravilhas, curas de enfermidades, fazem prodígios, etc. Porém, muitos destes são falsos profetas, e jamais foram enviados por Deus. Fazem curas e sinais exteriores. Porém, se fossem verdadeiros mestres e pregadores do evangelho, a palavra deles curaria não a saúde, o exterior, mas primeiramente o coração dos seus ouvintes. Eles não tem nada sólido a nos dizer. Quando saimos de um evento deles, voltamos para nossas casas sem ao menos conhecer um pouquinho mais de Jesus. Estranho, pois Ele é o CENTRO DE TODA A PALAVRA. Como, pois, dizer que estes pregam a Palavra, se o centro dela (Cristo) está ausente em suas pregações.
Ladrões e salteadores das ovelhas do aprisco do Senhor. É isso que são estes homens que querem ter para si a glória que é de Deus. E, se você acha que esta minha declaração é dura demais, leia por todo o Novo Testamento o que os Apóstolos dizem sobre estes caras.

Fazer a vontade de Deus é muito mais do que você pode mostrar dentro de uma igreja. Fazer a vontade de Deus é muito mais que chorar, pular, bater palmas, cair no chão e se contorcer. Fazer a vontade de Deus é ter um coração arrependido, que ama a Deus e ao próximo como a si mesmo. Se não for assim, de nada vale. Se não for assim, seremos "como o bronze que soa ou como o címbalo que retine." (I Cor 13.1b) - será que não estamos apenas fazendo barulho, sem ter dentro de nós a essência que é Cristo?
Pense nisso!