segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Homem VS Ateismo

Tudo o que existe possui atributos, qualidades, adjetivos. Todas as coisas de mesma espécie possuem os mesmos atributos. Por exemplo, em qualquer lugar do mundo as aves têm asas. Se algo que pensamos ser ave não possui asas, é sinal de que estamos enganados sobre este espécime. Assim, tudo o que existe, animado ou não, tem qualidades peculiares, que o distinguem dos demais e o faz membro de uma espécie única. Da mesma forma o homem é dotado de atributos. E que fantástica obra de arte é a raça humana! Não há nenhum ser tão perfeito como tal.
Não há nenhum ser vivo que tenha os atributos do homem. O homem, além das diferenças meramente físicas, é também o único ser com capacidade racional. E isto é o que o faz parecido com Deus: o homem é um ser que pensa, reflete, ama, odeia, planeja, projeta, lembra, cria, destrói, domina, transforma, perdoa, etc.
Nenhum outro "bicho" realiza estas coisas.
E, por ser dotado destes atributos, o homem manifesta estas qualidades ao longo de sua história. Desde o princípio, o homem é um ser pensante, criativo, que transforma o ambiente em que vive, que cria ferramentas para vários fins, que guerreia, que demonstra seus sentimentos nas artes, domina sobre os animais, entre outros. Porém, um atributo humano está sendo esquecido, atualmente. Da mesma forma como os outros exemplos citados, o homem também desenvolveu-se na religião, pois um de seus atributos é ser naturalmente religioso. Portanto, desde os primórdios o homem vem em diferentes culturas, em diferentes fases de desenvolvimento, mas sempre acompanhado pela religião.E, por ser um atributo de toda a raça (humana), não há como imaginar um homem não-religioso.
No entanto, o mundo contemporâneo conseguiu conceber o impossível, desenvolvendo para si uma não-religião, na qual desacredita-se da existência de um ser supremo. Alguns, assim, têm negado algo que é natural do ser humano. Contudo, digo, aqui: o homem é intrinsecamente religioso, pois a religiosidade é um dos atributos do ser humano. Negando que há um ser supremo, alguns homens acabam por negar sua própria natureza humana.
Observando estas coisas, é inconcebível aceitar a humanidade, em pleno século XXI, voltando a um estágio anterior ao primitivo, quando a religiosidade desenvolvia-se no culto aos antepassados. O homem que nega a existência de um ser supremo é como um homem que tenta negar sua própria humanidade. A humanidade tem rejeitado a si mesma aceitando tais pensamentos.
Todos os órgãos do ser humano exercem suas funções, todos os seus atributos também. O homem é dominador, por que havia um mundo inteiro para ser dominado; o homem é racional, por que, para chegar a dominar iria necessitar da racionalidade; O homem fala, por que precisaria comunicar o que pensa, suas reflexões. Repito: todos os atributos do homem têm sua função. Será que o atributo da religiosidade seria o único atributo sem relevância? Contudo, a qualidade naturalmente religiosa do homem nos indica que existe um ser supremo, e não há espaço para uma não-religião, pois o homem não "está religioso", mas "é religioso"!

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